E aqui estou ante vocês pregando a arquitectura orgânica, declarando que a arquitectura orgânica é o ideal moderno e o ensino tão necessário se queremos ver o conjunto da vida, e servir agora ao conjunto da vida, sem anteponer nenhuma "tradição" à grande TRADIÇÃO. Não exaltando nenhuma forma fixa sobre nós, seja passada, presente ou futura, senão exaltando as singelas leis do sentido comum —ou do super-sentido, se vocês o preferem— que determina a forma por médio da natureza dos materiais, da natureza do propósito... A forma segue à função? Sim, mas o que importa mais agora é que a forma e a função são uma.
F. L. Wright, Organic Architecture, 1939

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A dualidade entre orgânico e racional

Ao longo de toda a história, duas tendências distintas persistem uma voltada para o racional e o geométrico, outra para o irracional e o orgânico:duas maneiras diferentes de lidar com o ambiente e dominá-lo.
Desde o inicio da civilização houve cidades planejadas de acordo com esquemas regulares e cidades que cresceram organicamente um exemplo do racionalismo, são os gregos antigos que situavam seus templos matematicamente proporcionados sobre as acrópoles rochosas, com seus contornos delineados, nos cumes das colinas, entre outros. Portanto na historia sempre houve um inevitável dualismo. Por um lado o orgânico, seguindo as leis dos organismos naturais, e por outro a supremacia do ideal euclidiano inventado pelo homem.Essa dualidade se reflete na arquitetura gótica e orgânica quem se esforçam para obter uma livre expressão da arte e em contrapartida há o renascimento, guiado por conceitos apriorísticos e com regras.Porem mesmo com a cisão,na historia da arquitetura,cada criação tem por sua vez uma linguagem orgânica e composta-racional .Como diz Bruno Zevi:

“não existe uma verdadeira arquitetura que não seja orgânica, mas ao mesmo tempo, não há uma arquitetura que também não seja composta.”


Essa cisão é provocada devido as diversas divergências no tipo da linguagem, a arquitetura orgânica, representa uma vivacidade que significa desenvolvimento, diferentemente da arquitetura funcional que representa uma linguagem repleta de formas e funções a serem seguidas.

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